Nossa! Não sei faz que eu estava querendo ler esse livro, mas felizmente posso garantir uma coisa: valeu à pena não desistir desse livro. Adormecida é um forte candidato à melhor leitura de 2015! Simplesmente amei!
Sinopse: Rose Fitzroy esteve dormindo profundamente por décadas. Imersa num sono induzido, esquecida em um porão por mais de 60 anos, a jovem foi tratada como desaparecida enquanto os anos sombrios pairavam sobre o mundo. Despertada como por encanto e descobrindo-se herdeira de uma corporação multimilionária, Rose vai entendendo pouco a pouco, tudo o que aconteceu em sua ausência.
Se já é difícil escrever uma resenha de um livro que a gente não gostou, escrever sobre um livro que a gente amou e ainda mais difícil. É tanta coisa pra falar que nem sei por onde começar. Esqueçam a história da Bela Adormecida, não tem nada a ver com o que acontece em Adormecida. Esta é uma história que se passa em um futuro bem distante do nosso, mas não é uma distopia, pois os “tempos sombrios”, época de colapso e sofrimento na Terra já passou. Está mais para uma utopia, devido ao cenário pacífico e moderno onde os personagens vivem, mas nem tudo é tão perfeito assim.
Rose não teve uma vida fácil antes do período que passou dormindo. Apesar de aparentemente ter tudo o que deseja, ela era totalmente submissa aos pais muito controladores. Eles simplesmente a tratavam como uma criança e a faziam acreditar que era tudo para seu próprio bem reprimindo a garota de 16 anos das piores formas possíveis.
“A voz da minha mãe ecoou na minha memória: ‘Nem sempre importa o que você quer, querida. O importante é parecer bem para os outros’.”
Dessa época, o único em sua memória que não a tratava de forma controladora era seu amigo de infância Xavier. A relação dos dois é linda e se desenvolve de maneira incomum devido aos seus longos sonos impostos pelos pais.
Esse passado é abordado aos poucos na história que parte do ponto em que Rose é encontrada por Breh por acaso no subsolo do prédio onde mora dormindo dentro de uma capsula. Na readaptação da garota ela é posta sob o cuidado de tutores já que legalmente tem apenas 16 anos, apesar dos 60 que passou dormindo, e volta para a escola na série em que parou na tentativa de levar uma vida normal dali adiante. Breh a apresenta a seu grupo de amigos e dentre eles Otto, uma experiência genética que havia dado certo ou quase, é um dos que se torna seu amigo.
“Seus olhos eram amarelos e sua pele, depois que pude olhar mais de perto, era quase azul. Ele era bonito, tinha um nariz marcante e traços delicados. Mas sua coloração simplesmente não era humana.”
Não quero falar muito mais para não soltar spoiler. Esse livro tem de tudo. Romance, suspense, ficção científica, tudo junto e bem distribuído pela história sem deixar nada confuso ou enjoativo. O livro é narrado em 1ª pessoa pela Rose e eu me afeiçoei muito a ela. Posso dizer até que em muitos pontos me identifiquei bastante.
“Refleti a respeito. Ele estava certo. Eu não ficava brava, não reclamava, eu sequer chamava atenção para mim.”
Adorei o desfecho que apesar de ter deixado aberto a possibilidade de continuar, conclui muito bem a história. Foi um livro que conseguiu guardar suas surpresas até a última linha.
“É a capacidade de pensar e refletir que eu considero interessante. Todos possuem a habilidade de ampliar a sua mente, mas poucos fazem uso dessa habilidade.”
Título Original: A Long, Long Sleep
Autora: Anna Sheehan
Tradução: Camile Mendrot
Páginas: 272
Editora: Lua de Papel
Ano: 2012
Capas internacionais:
Então, quem já leu?
Quem ficou com vontade de ler?