julho 28, 2011

[Especial] Harry Potter 7 - It'll never really be an end

(*Contém Spoilers de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2*)

Acho que este foi um dos meses de Julho mais emocionantes da minha vida. Não consigo nem lembrar se quando fiz 15 anos fiquei tão ansiosa quanto nesse Julho de 2011.

Desde o início do mês, começou a minha busca por um ingresso para a o dia da estreia. O cinema mais barato não queria vender os ingressos (não sei o porquê dessa política desse cinema de só vender ingressos no dia que o filme vai passar - acho péssima a ideia), e o que estava vendendo era caro e mais longe da minha casa. Conclusão, eu não aguentei esperar e comprei o bilhete no cinema mais caro e longe no dia 13/07 para a primeira sessão às 13hrs.

15 de Julho de 2011

Mal consegui dormir na noite anterior. Pela manhã, tentei me manter ocupada arrumando minhas coisas para não me atrasar e às 11h30min eu almocei e saí.

Graças aos horários de ônibus, que deixam a desejar, quase consegui chegar atrasada. Isso mesmo saindo de casa 1h30min antes do filme e indo para o cinema, que de ônibus, fica a 20 minutos da minha casa (o outro que é mais perto leva uns 5 minutos de ônibus, ou simplesmente posso ir a pé).

Não enfrentei file, mas a sala estava lotada. Ainda assim consegui pegar um bom lugar longe o suficiente da tela e no meio do cinema. Não consegui compara nada para comer ou beber durante o filme (agradeço ao sistema de transporte público da minha cidade - depois querem saber por que tanta gente usa carro particular - #revolta), mas isso não tinha a menor importância. Não achei que seria capaz de comer ou beber qualquer coisa com a ansiedade que eu estava.

O filme começou. O inicio foi a mesma cena do final de Relíquias da Morte - Parte 1. Na hora em que vi o símbolo da Warner não sabia se chorava ou se ria. A trilha sonora que acompanhava a cena era perfeita! Senti ainda mais a emoção de estar vendo o último filme da série. Acho que é exatamente isso que emociona mais em Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2.

É lembrar que quando vi Harry Potter pela primeira vez, eu tinha acabado de passar no vestibular (e que por causa de uma greve, minhas aulas começaram em Setembro!), que uma das minhas melhores amigas hoje eu conheci quando resolvemos ignorar os perigos da internet enviar nossos endereços uma para a outra para poder trocar figurinhas do álbum Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (até hoje não nos conhecemos pessoalmente... Espero que um dia isso aconteça!) e saber que de alguma forma a magia foi capaz de manter viva em mim a inocência e a alegria quase infantis (e de me fazer voltar a escrever em um momento que eu passei a rejeitar esse dom).

Eu não sei se posso me considerar geração Harry Potter (me agradaria muito poder me considerar assim), pois quando comecei a acompanhar a série eu já tinha 18 anos. No entanto, aprendi muito com as aventuras dele e acho que sua trajetória, e de alguns outros personagens, é uma das histórias de amor mais lindas que eu já li.

Pela primeira vez, depois de muito tempo, parece que alguém finalmente se lembrou de que Amor vai muito além do que a maioria das histórias ditas “de amor” mostra. Quem ouve a palavra Amor e apenas a associa a relacionamentos como namoro ou casamento, precisa reaprender o real significado e profundidade desse sentimento.

Chorei assistindo ao filme. Não achei que isso fosse realmente acontecer. Raramente eu choro. Aprendi durante muito tempo a esconder meus sentimentos (não sei o porquê), mas não consegui conter as lágrimas. Remus, Dora e Fred mortos, cenas da infância de Harry, a sequencia maravilhosa das revelações do Snape e a cena da pedra da ressurreição, me levaram praticamente aos soluços (e não fui a única, podia ouvis choro vindo de diversas partes da plateia). O discurso do Neville também me emocionou bastante.

Também houve momentos engraçados. Minerva McGonagall esteve ótima, como sempre! Não tem como não gostar dela nem como não rir de seus comentários quando ajuda a preparar a proteção do castelo. Neville provocando os partidários do Voldemort e depois tendo que fugir deles e Rony correndo do fogo maldito na Sala Precisa também foram ótimos momentos para secar as lágrimas com sorrisos.

Esse filme, no entanto, me deixou com a mesma tristeza e posso dizer, até certo ponto revolta, que o livro. Nada, nem nenhuma justificativa, me convencerão de que Remus e Dora deveriam ter morrido. Sei que mais personagens morreram, e isso me deixou triste, mas nenhuma morte me machucou tanto quando a de Remus Lupin e Dora Tonks.

Por serem recém-casados, pais de um menino recém-nascido (menino esse de nome Ted Remus Lupin que só foi mencionado durante a cena da pedra da ressurreição, sendo que seu nome nem foi falado), considero que a “vida” um tanto injusta com eles. Principalmente com Remus, que era desprezado no mundo bruxo por ser lobisomem e havia resistido por tanto tempo o direito à própria felicidade com medo de ferir os outros e morreu de forma tão precoce e brutal quando havia resolvido abraçar a chance de ser feliz.

O filme no geral foi bom. Quando assisti ao filme pela 4ª vez (sessão essa que fui com a minha mãe), ela sugeriu que no final, ao invés de mostrar o trio 19 anos depois, eles poderiam ter mostrado os bruxos reconstruindo Hogwarts. Concordo com ela! Teria sido bem legal!

Concordando com a maioria dos fãs, eu não acredito que este seja realmente o fim. Não porque a JK vá escrever mais alguma parte da história ou porque talvez haja algum outro tipo de produção relacionada, mas porque enquanto houver um fã que ainda se lembre, a magia continuará viva!

Exatamente como disse Remus John Lupin:

“É o grau de comprometimento que determina o sucesso e não o número de seguidores.”

julho 08, 2011

[Especial] Harry Potter 7 - Première: David Thewlis e Natalia Tena

David Thewlis (Remus Lupin) e Natalia Tena (Dora Tonks) ontem na première do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 na Trafalgar Square, e Londres!




julho 07, 2011

[Especial] Harry Potter 7 - A última Première

Hoje aconteceu a última première de Harry Potter!

JK Rowling e grande parte do elenco compareceram na Trafalgar Square em Londres para a divulgação do filme e deram entrevistas e autógrafos.

Estou completamente empolgada com a chegada em apenas uma semana de mais um filme da série, mas só de pensar que será o ultimo meu coração se desfaz em pedaços... afinal não foram alguns meses, foram 10 anos na companhia de Harry, Ron e Mione. 

Uma caminhada de começou quando eu fui aprovada no vestibular, mas classificada para o segundo semestre e aceitei o convite de uma amiga para assistir um filme em uma tarde sem compromisso. O filme era Harry Potter e a Câmara Secreta. Sim, eu comecei pelo segundo filme. Mas logo após assistir simplesmente me apaixonei. Corri pra alugar Harry Potter e a Pedra Filosofal (em VHS...rsrs...) e enquanto esperava o terceiro filme sair no cinema, comprei os livros e fui devorando.

Mesmo gostando muito de ler, nunca tinha encarado um livro tão grande como Harry Potter e o Cálice de Fogo, e acho que nunca mais lerei algo tão extenso em tão pouco tempo. Daí em diante não parei mais. Li a série toda e perdi a conta de quantas vezes assisti aos filmes.

Harry Potter trouxe de volta uma coisa que eu estava perdendo à medida que crescia, minha infância. Hoje, com 27 anos, não tenho a menor vergonha de brincar e ser feliz. De dizer que gosto de Harry Potter e, se acontecer, sair chorando dentro do cinema porque acabou. Foi a minha sorte tudo ter acontecido na hora que aconteceu. Se não fosse pela JK Rowling e suas histórias, pode ser que hoje eu já fosse mais “adulta” e talvez tivesse envelhecido e perdido a vontade de pintar meus cabelos de rosa!

Vale a pena lembrar: Se você for jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda, amanhã velho será, velho será, velho será! A menos que o coração, que o coração sustente a juventude que nunca morrerá!

Não é o fim afinal. Não enquanto houver quem acredite e se lembre! E eu vou me lembrar pra sempre!
Meus filhos vão ler Harry Potter!

Mais informações sobre a série:
Scarpotter
Oclumência
Potterish