[Tag] No Outono é Sempre Igual

E finalmente chegou ao fim mais um verão. Torço para que os ventos tragam temperaturas mais agradáveis, mas tenho consciência que a situação do planeta não é boa e amenidade é algo que está aos poucos se tornando raro. Aparentemente as pessoas com poder suficiente não se conscientizaram de que não temos planeta B (nem backup da Terra 😜) e resta a nós um trabalho de formiguinha que não sei se surtirá muito efeito.

Já é a segunda vez que compartilho a Tag criada pela Melina Souza (Assistir vídeo) aqui no Mente Hipercriativa. Como da outra vez, eu queria falar sobre o início do Outono, mas sem ser uma postagem importada com atividades pouco compatíveis com o clima que temos no Brasil, por isso, nada melhor do que a tradição da troca de capa do CD de Sandy e Jr., As Quatro Estações 🍂 para servir de tema.

1. A noite cai, o frio desce: um livro que se passa em uma época fria

O Sanatório (Sarah Pearse): um grupo fica preso num luxuoso hotel durante uma nevasca e o que já estava ruim pode piorar. Há um assassino entre eles e o hotel foi construído num prédio onde funcionava um sanatório. Claro que essa premissa me atraiu, e o mistério é bem interessante, mas queria que o hotel, e seu passado, tivesse tido uma participação maior. Minha sensação é que, apesar de estar diretamente relacionado ao que desencadeou os fatos, foi mais um cenário do que a peça chave da história. Para quem se interessa pelo tema, a série de livros Asylum (Madeleine Roux) explorou bem mais o passado do local onde a história é ambientada.

2. Mas aqui dentro predomina esse amor que me aquece protege da solidão: um livro quentinho no coração

O Jardim Secreto (Frances Hodgson Burnett): esse livro tem uma vibe daqueles filmes de sessão da tarde e apesar de alguns momentos dramáticos, a maior parte da leitura me fez sentir um conforto gigantesco. É aquele livro que a gente torce para as coisas darem certo e elas dão certo. Agora preciso assistir ao filme.

3. A noite cai, a chuva traz o medo e a aflição: um livro com uma atmosfera sombria

O Labirinto do Fauno (Guillermo del Toro e Cornelia Funke): é muito interessante a forma como a história desse livro nos imerge numa atmosfera sombria. Não é apenas medo do que vai acontecer e tristeza pelo drama vivido pelos personagens. A impressão é que estamos andando constantemente em um cenário escuro e enevoado. Adoro livros que me transportam desse jeito.

4. Mas é o amor que está aqui dentro que acalma meu coração: um livro que você gostaria de poder viver dentro e interagir com os personagens

As Crônicas de Nárnia (C.S. Lewis): quando respondi essa tag pela primeira vez, escolhi Harry Potter e, apesar de ter sido uma série que me acompanhou em momentos que eu me sentia completamente sozinha, hoje não consigo olhar o mundo bruxo da mesma forma. Além da problemática no mundo real, a fantasia nessa história me parece tudo menos atrativa. Hogwarts é muito perigosa, os adultos precisam seriamente de terapia e as crianças, coitadas... Não sei se vou me sentir da mesma forma quando reler As Crônicas de Nárnia, caso faça isso um dia, mas Nárnia me parece um mundo fantástico bem melhor para se viver, no momento.

5. No outono é sempre igual: um livro, autor ou gênero que você sempre gosta de ler nessa época do ano

Universo Sherlock Holmes (A.C. Doyle): sim, eu ia escolher Sherlock Holmes na resposta anterior, mas aí escolheria nessa aqui também e ficaria repetitivo 👀. No entanto, pra ser bem sincera, eu preferiria viver no universo da série Sherlock da BBC, pois acho que não me daria muito bem na Londres da Era Vitoriana. As histórias originais eu prefiro apenas continuar lendo mesmo.

6. As folhas caem no quintal: um livro que trata sobre algum assunto delicado

Garotas de Vidro (Laurie Halse Anderson): agora sim uma resposta repetida da tag original. Esse livro continua tão atual quanto naquela época e não deveria cair no esquecimento. A pressão estética continua, infelizmente, muito presente no nosso meio fazendo suas vítimas.

7. Só não cai o meu amor: um livro com uma história de amor

Um pequeno gesto de gentileza (Lucy Dillon): não é apenas uma história de amor, mas três já que temos uma mulher lidando com o luto do marido recém-falecido, um casal em crise no casamento, e uma personagem sem memória tentando entender os relacionamentos românticos que teve ou tem, mas não se lembra. Não fosse o final corrido e meio aberto eu teria gostado mais desse livro.

8. Pois não tem jeito, não, é imortal: um livro que você acha que deveria virar um clássico para que todas as futuras gerações pudessem ler

Jogos Vorazes (Suzanne Collins): Queria citar um dos meus, mas não tenho tanta autoestima assim nem acho que já tenha escrito algo tão relevante 😅. Também vou repetir esse que infelizmente não tem resenha aqui no blog. Na minha opinião essa série não pode ser esquecida, e sim muito bem trabalhada e debatida. Desde que li o primeiro livro tenho certo receio de que alguém ainda vai achar que é uma boa ideia repetir algo parecido na nossa realidade, e por isso acredito na importância de não deixar a crueldade exposta nessa história cair no esquecimento. Ainda não li A cantiga dos Pássaros e das Serpentes.

🚨Os títulos com links redirecionam para a página da resenha aqui no blog.

E então, gostaram? Fiquem à vontade para responder a tag! A listinha com as perguntas está na descrição do vídeo da Melina Souza. E quem quiser ver a primeira versão da tag, acesse: No Outono é sempre igual (2019).