Com o hype em torno do nome da autora, e acompanhada pela minha mãe, quando fui à livraria acabei comprando três livros da CJ Tudor sem nem mesmo saber se iria gostar da escrita. Li e gostei de ‘O Homem de Giz’ (ler resenha) e agora me aventurei nessa segunda história que promete um mistério tão bom quanto o do outro livro.
“Às vezes, no entanto, não há outra escolha senão a errada.” Pág. 11
[Sinopse] Quando Joe Thorne era adolescente, sua irmã mais nova desapareceu. Vinte e cinco anos depois, um e-mail anônimo o leva mais uma vez ao passado: “Eu sei o que aconteceu com sua irmã. Está acontecendo de novo.” Atolado em dívidas e bem longe do vilarejo onde cresceu, Joe precisa escapar das pessoas perigosas que estão atrás dele, mas também vê a oportunidade de resolver o que arrasta consigo há mais de duas décadas. Retornar a Arnhill parece a única opção. Mas voltar também significa abrir velhas feridas e reencontrar pessoas e lugares que ele nunca mais pensou que veria. Afinal, alguns segredos são grandes demais — e Joe não faz ideia de onde está se metendo. (Fonte: Skoob)
“Entendo a mensagem: Arnhill é um vilarejo impiedoso onde aconteceram muitas coisas ruins.” Pág.128
Os demais personagens presentes são os alunos e funcionários da escola e os habitantes do vilarejo, mas, como acompanhamos o protagonista, estes só recebem mais atenção quando tem alguma ligação relevante com o mesmo.
No início do livro temos um prólogo narrado em 3ª pessoa com dois policiais chegando a uma cena de crime. Os mortos são uma professora do vilarejo e seu filho e é nesse local que Joe procura abrigo em sua temporada na cidade, depois que foi limpo, claro. E o detalhe foi omitido pela agência que alugou o imóvel, óbvio. Mas temos internet, e Joe usa esse fato para conseguir um desconto, já que dinheiro não é algo que ele possui.
“Como se a capacidade de comprar uma moradia grande ou o meio de enfrentar um engarrafamento gastando o máximo de combustível possível fosse o auge da realização de nossos escassos anos nesse planeta. Apesar de todos os avanços, ainda avaliamos as pessoas por tijolo, tecido e potência.” Pág. 238
A trama acompanha o presente e em alguns momentos o passado, sempre pela perspectiva do protagonista, e nessas lembranças somos apresentados ao que aconteceu com Annie. O mistério da história fica por conta de uma atmosfera sobrenatural em torno do sumiço da garota e seu reaparecimento inexplicável. Não era para ter acontecido e Joe sabia o motivo. Além disso, o culpado pelo crime nunca foi condenado.
Mais uma vez, é assim também em O homem de Giz, o bullying é uma temática muito explorada aqui. Apesar de der presenciado e vivido essa situação na época de escola, nada que eu lembre foi tão violento quanto o que CJ Tudor descreve em seus livros. Inclusive, ouvi alguém dizer certa vez que violência física não é bullying, é crime, e por isso passei a leitura toda revoltada com a escola distribuindo suspensão e “passando pano” para os agressores. No caso dessa história havia um motivo nada ético por trás disso.
“Ele me encara com ar desafiador. E tem razão. Valentões não respeitam quem revida. Apenas batem com mais força. Porque estão sempre em um grupo maior. Uma simples equação numérica.” Pág. 98
Eu gostei da leitura. Foi um mistério que me segurou até as últimas páginas e mesmo lá no final ainda há revelações importantes sendo feitas. A narrativa flui rápida e com essa alternância entre passado e presente, apenas em alguns capítulos, às vezes eu lia uma parte já querendo ler a outra para saber o desfecho do evento. Recomendo para quem gosta de leituras desse tipo.
Quem é sensível a cenas de violência ou bullying é bom se preparar antes de ler. A título de comparação, o primeiro livro que li da autora me chocou mais, mas não consigo dizer se há mais ou menos dessas cenas aqui ou se o fato de eu já conhecer a escrita dela tenha me preparado. Quanto ao aspecto sobrenatural, não é muito explorado, inclusive isso me decepcionou um pouco. A trama me fez lembrar muito o filme Cemitério Maldito, baseado no livro de Stephen King (não, eu não li 😬). Outro tema sensível presente aqui é o suicídio, não chegou a me impressionar, mas sei que algumas pessoas preferem evitar esse tipo de leitura.
“É engraçado como as crianças conseguem ser criativas quando cruéis.” Pág. 30
Autora: C.J. Tudor
Tradução: Flávia Rössler
Páginas: 288
Editora: Intrínseca
Ano: 2019
Link do livro no Skoob: O que aconteceu com Annie
Alguém já leu esse livro? E os outros títulos da autora?
Ainda tenho mais um para ler e estou com boas expectativas
para ‘As outras pessoas’.
Oi! Eu gosto bastante de histórias que alternam passado e presente e um bom mistério que segura até o final eu nunca dispenso. Tenho imensa vontade de ler algo desta autora, quem sabe já começo por esse aqui. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
Eu também gosto desse tipo de história. É praticamente impossível parar de ler.
ExcluirBeijos;
Que interessante! Já me interessei em ler O homem de giz, mas ainda não tinha ouvido falar nesse outro livro.
ResponderExcluirAcabei de escrever mais uma resenha também!
Eu achei 'O Homem de Giz' um pouco mais violento que esse, mas como falei, pode ter sido apenas por ser meu primeiro contato com a autora.
ExcluirPassarei por lá pra ler! ;)
Oi, Helaina! Como vai? Parece uma leitura bastante instigante, né? Nunca li nada dessa autora e este aí parece-me um bom título para eu começar. Que bom que curtiu a obra. Particularmente gosto bastante de livros desse gênero. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Oi Luciano, tudo bem e você? é uma boa leitura sim. Cada vez mais estou gostando da escrita da autora. Abraço!
ExcluirAté imagino as cenas que devem ter, pesadas. Não sou muito de leituras com violência, mas sei que esse deve prender muito para saber se tudo vai se resolver no final.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Esse é até um pouco mais leve do que o anterior, com a violência menos gráfica, mas é bem pesado também. E realmente prende a gente na leitura.
ExcluirOlá,
ResponderExcluirEra pra eu nem ler essas coisas de bullying, mas eu gosto. No meu caso era via oral mesmo, com xingamento, e eu reclamava aos superiores e nada acontecia. A situação corporal, violenta, imagino que em alguns lugares também achem besteira. Fiquei curiosa com a trajetória do professor e o mistério da irmã dele.
que legal que sua mãe te acompanha nas leituras, queria que a minha curtisse ler.
até mais,
Canto Cultzíneo
Eu também preciso parar de ler isso.. rsrs... não preciso de mais traumas.
ExcluirNa verdade ela compra mais que lê, o que eu nem de longe acho ruim :)
Até mais;
Adoro esse tipo de histórias! Vou levar a sugestão!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Espero que goste da leitura!
ExcluirBeijos;
Oi!
ResponderExcluirNunca tive muita curiosidade para conhecer o trabalho da CJ Tudor e saber que ela trabalha bastante com cenas de violência e bullying deu uma diminuída no meu interesse.
Beijão
https://deiumjeito.blogspot.com/
Eu comecei a ler sem saber muito o que esperar, e confesso que já está me cansando um pouco girar sempre em torno desse tema. Mas ainda tenho mais um livro dela na estante para ler.
ExcluirBeijos;
Já ouvi falar nesse livro e achei interessante que você disse que lembra Cemitério Maldito. Etentei ver o filme no caso e não consegui terminar, achei muito bizarro e tenho medinho hahahaha!
ResponderExcluirÓtima resenha Helaina :)
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Muito obrigada :)
ExcluirNossa, esse livro é cheio de gatilhos, né? Eu acho que não leria por conta disso. Mas que bom que, mesmo com as ressalvas, a leitura te foi positiva.
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Pois é, tem menos gatilho do que o outro que eu li da autora, mas não deixa de ter. Engraçado é que não lembro de ter visto aviso em lugar nenhum. Só a gente que escreve nacional parece ser pressionado a avisar sobre possíveis gatilhos...tsc..tsc..
ExcluirBeijos;
Oi
ResponderExcluirnunca li nada dela, mas sempre leio opiniões mistas sobre os livros da autora, que bom que gostou desse também, mas pelo jeito o leitor tem que estar preparado para as cenas de bullying.
https://momentocrivelli.blogspot.com/
Sim, é bom ir preparado porque é um tema recorrente nesses dois livros que eu li dela. Estou ansiosa para saber se o próximo dela que eu ainda tenho para ler será assim também.
ExcluirParece ser uma leitura incrível e fabulosa!
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
É uma boa leitura sim!
ExcluirBom final de semana pra você!
Até mais;
Sempre quis ler O Homem de Giz, mas sempre passo outras leitura na frente e agora, quero ler esse também para me aventurar no gênero. Que bom que gostou da leitura. Já li O livro do King e gostei, então acho que vou gostar deste também.
ResponderExcluirAté mais!
www.relatosdalih.com.br 💜
Eu senti como se a autora tivesse se inspirado na parte sobrenatural da história do King para escrever a dela, já que todo o resto é diferente. Imagino que a CJ seja fã das histórias dele também.
ExcluirAté mais;
Li O Homem de Giz no clube do livro e não gostei muito, estava esperando uma coisa e veio outra. Decepcionou um pouco. Aí fiquei meio receosa de ler outros livros dela. Vi esse umas três vezes nas Americanas (porque onde eu moro não tem onde comprar livro além de lá. Só tem uma livraria e cada livro é o preço de um carro), mas nunca me inclinei a comprar. Vendo agora, fiz bem, gatilhos demais, acho que não era uma boa ideia pra mim.
ResponderExcluirEu comecei com os livros da CJ meio sem saber o que esperar além de crimes e uma investigação, mas realmente tem gatilhos demais. Ainda tenho mais um para ler, mas dependendo de como for vou fazer uma pausa nos livros dela.
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