É, acabou. Depois de uma semana assistindo os filmes da série Harry Potter no Cinema em Casa do SBT, infelizmente chegamos ao ultimo dia da “maratona” Harry Potter. Não sei por que a emissora teve essa ideia (provavelmente para atrair a audiência no horário), entretanto acho que devemos muito agradecer ao SBT pela iniciativa e, sobretudo a JK Rowling por não ter desistido.
No mundo em que estamos vivendo, precisamos de algo que nos faça conseguir acender uma luz em meio às trevas que atravessamos. Em tempos em que as pessoas fazem o mal para obter benefícios pessoais enquanto atos de bondade são ridicularizados se não forem do interesse dos mais poderosos (sejam empresários, jornalistas, ou qualquer pessoa com a possibilidade de exercer grande influencia sobre uma parcela significativa da população), precisamos reaprender a fazer o bem. Afinal, "Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário". Tudo o que você fizer a alguém voltará para você mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou outro.
Sempre fui uma criança muito sonhadora, mas minha entrada nesse mundo de magia foi apenas aos 20 anos (no mesmo ano em que comecei a estudar na faculdade - com as aulas começando em Setembro, como as de Hogwarts) e logo percebi que os livros da JK (para os íntimos XD) estavam repletos de valores e que a preocupação dela nunca foi vender quantidade, mas sim qualidade.
Seus livros não foram logo aceitos nas primeiras editoras na qual foi oferecido (imagino que tais editoras devam estar se lamentando até hoje, tanto quanto as gravadoras que rejeitaram os Beatles). Li uma vez (o lugar não me lembro mais onde) que a JK ouviu de uma editora que seu livro (Harry Potter e a Pedra Filosofal) era grande demais para crianças (fico imaginando o que eles pensaram ao ver os pimpolhos lendo Harry Potter e a Ordem da Fênix).
No entanto, o que chama atenção em seus livros (além da criatividade para criar um universo próprio e verossímil), são as lições contidas neles. Coisas antigas (quase ultrapassadas para alguns) como amizade, lealdade, amor e altruísmo. JK Rowling prestou um grande serviço a todos nós. Mostrou (para quem ainda não sabia) que as pessoas que se esforçam para fazer sempre o que é certo não são chatas e paranoicas, pelo contrário. Quem faz o bem, tem sempre o bem de volta, mesmo não sendo da maneira que se espera.
Cabe a todos nós então despertar o “Harry Potter” dentro de cada um. Não é preciso matar o grande vilão, são os pequenos atos que fazem o herói. A lealdade, a humildade, a felicidade, o bom humor, o respeito, o amor, a coragem, a simplicidade, saber ouvir, despir-se dos preconceitos... (entre outros dispersos pelos 7 livros). Se achar difícil praticar tudo isso, eu sugiro então que leiam os livros (ou assistam os filmes) da série para ver como um menino, que teve os pais mortos quando ainda era um bebê, cresceu indesejado e maltratado pelos seus tios, passou por todo tipo de dificuldade na escola, perdeu pessoas que muito prezava e encarou a morte (mais de uma vez e de maneiras diferentes) consegue ser bom apesar de tudo, e sem precisar usar magia (okay, ele é bruxo, mas ele está sempre do lado do bem, usando magia ou não).
Muitas pessoas usam suas dificuldades para justificar seus atos. A elas eu digo: Todos nós sofremos!
Levantem a cabeça e continuem lutando. Ao ser humano foi dado o maior poder dentre todos os que poderiam existir, o de fazer escolhas. E são elas, não nossas habilidades, que determina quem realmente somos! Não há nada de mau em ser bom! Não deixe o mundo te convencer do contrário!