julho 20, 2023

[Resenha] Visão do Além

Esse livro faz parte do desafio 40 antes dos 40 e é mais um daqueles que me chamou a atenção pela capa e me conquistou na sinopse. Acho que comprei no sebo, bem depois do lançamento, mas não tenho certeza. Foi exatamente por isso que fiz essa lista. Tenho muitos livros na estante que eu até esqueço que tenho.

Seu pequeno rosto trazia aquela expressão característica de pessoas cujo lar não está em harmonia, meio desafiadora, meio vulnerável e bem cautelosa.” Pág.71

[Sinopse] Harper Connelly e seu meio-irmão, Tolliver, são especialistas em realizar o serviço (encontrar cadáveres de pessoas desaparecidas), receber o pagamento e partir rapidamente, pois as pessoas que os contratam têm o estranho hábito de não querer ouvir o que eles têm a dizer. E à primeira vista, a experiência com os moradores da pequena cidade de Sarne, nas Montanhas Ozarks, parece não ser diferente. Uma adolescente está desaparecida, e Harper sente imediatamente que ela está morta. Mas os segredos que envolvem este assassinato e a própria cidade são profundos demais até mesmo para que a habilidade especial de Harper consiga desenterrá-los. Ao perceber a hostilidade crescer ao redor deles, ela e Tolliver querem apenas resolver o assunto e ir embora, mas então outra mulher é assassinada... E o criminoso ainda não terminou seu trabalho... (Fonte: Skoob)

Esse é daqueles livros que já entregam de início uma parte do que prometem na sinopse. Nada me deixa com mais raiva do que receber várias informações sem importância para a história (tem livro que até faz a gente achar que é algo importante), para só da metade em diante começar a história. Aqui não. No primeiro capítulo já começa a ação com o poder sobrenatural da protagonista.

O livro é narrado em primeira pessoa por Harper Connelly, ela é uma jovem adulta que teve sua trajetória marcada por duas grandes reviravoltas. A vida que ela conhecia vira de ponta cabeça quando a mãe e o padrasto abandonam os filhos por conta das drogas, apesar de continuarem vivendo sob o mesmo teto, obrigando as crianças mais velhas cuidarem das mais novas.

A tensão em conseguir manter as aparências quase me matou.” Pág.100

Além disso, sua percepção de mundo se transforma quando ela adquire a nova habilidade de conseguir visualizar os últimos momentos da vida de uma pessoa. É exatamente esse poder que garante a ela se sustentar na companhia do irmão por parte de pai, Tolliver, mesmo não sendo um meio de vida convencional, quando os dois finalmente conseguem sair de casa.

Passei meus anos de colegial tentando manter a cabeça abaixada e a boca fechada para que ninguém notasse quão estranha era a minha vida.” Pág.98

Os outros personagens da história são os habitantes de Sarne, sendo que os que mais se destacam são Sybil Teague e seu advogado Paul Edwards, os responsáveis por convocar Harper para desvendar o mistério, Helen Hopkins, mãe da adolescente morta, membros da polícia local, principalmente Hollis Boxleitner.

Não consegui me conectar com nenhum personagem dessa vez, apesar de ter sentido uma empatia enorme por Harper e seus problemas familiares. Isso, no entanto, não atrapalhou minha conexão com a história. O que acabou empacando um pouco a leitura foi o fato dos irmãos começaram a bancar os detetives, obviamente sem muitos recursos já que não são investigadores oficiais e com boa parte da cidade querendo eles longe, enquanto o que eu queria era ver o poder de Harper em ação.

Crianças criadas por alcoólatras tem sempre uma mesma marca. Sou capaz de vê-la, mas não é todo mundo que consegue.” Pág.115

Como falei a princípio, o ritmo da história é ágil e tem sempre algo acontecendo. Apesar de ser uma série e alguns detalhes sobre Harper ficarem em aberto, provavelmente para serem explorados nos próximos volumes, esse livro tem o final fechado. Sobre a edição, acho que nunca me incomodei tanto com a diagramação de um exemplar físico como foi no caso desses. Além do texto não estar justificado (acho mais confortável para ler quando está), alguns dos diálogos estão sem travessão, então quando você pensa que está lendo a parte narrativa, ainda é a fala de um personagem. Acontece poucas vezes, mas deixa o texto confuso. Imagino que eles devem ter arrumado esses problemas pontuais em outras edições.

No geral eu gostei do livro e até fiquei curiosa para conhecer mais da história da Harper e vê-la em ação novamente. Também gostaria de saber mais sobre o passado dela, então pode ser que eu tente encontrar os outros títulos. Eu recomendo Visão do Além para quem gosta de mistério policial, intriga de cidade pequena e ficção sobrenatural com toques de romance.

Queria muito viajar e me esquecer do aqui e do agora. E a melhor maneira de fazer isso para mim era mergulhando em um livro.” Pág.45

Título Original: Grave Sight (Harper Connelly Mysteries #1)
Autora: Charlaine Harris
Tradução: Cassius Medauar
Páginas: 232
Editora: Leya - Lua de Papel
Ano: 2011
Link do livro no Skoob: Visão do Além

Já conheciam esse livro? E o restante da série, alguém aqui já leu?

14 comentários:

  1. Não conhecia esse livro, nem a série. Mas achei bem interessante

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  2. Oi!
    Gosto dos gêneros que a autora escreve, mas nunca tive muita curiosidade de ler os livros dela e as séries são super longas né?

    Beijão
    https://deiumjeito.blogspot.com/

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    1. Eu não cheguei a olhar isso, mas se forem longas (passar de 5 livros), já me desanima total.

      Beijos;

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  3. Nossa, se tem algo que me dá agonia é livro mal editado. Acho que até esqueço da história, pois não me conecto de jeito algum com a leitura, vendo o que me incomoda o tempo todo. =/
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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    1. Eu até consigo relevar uma coisa aqui outra lá, mas esse livro tá demais. O pios foram os diálogos não marcados. Realmente me deixou um pouco perdida.
      Beijos;

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  4. Oi! A história tem todos os elementos que gosto mistério, intriga de cidade pequena e esse tom sobrenatural. É bem o estilo da autora. Adoraria que mais livros dela fossem lançados aqui. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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    1. Eu comprei esse pela capa e pela sinopse. Gostei da escrita da autora, mas não passei a acompanhar e não sei o que mais ela publicou. Beijos;

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  5. Quando acabamos encontrando alguns errinhos durante a leitura, isso se torna bem incômodo, né? Também prefiro obras justificadas. A Charlaine Harris é a autora de True Blood, né? Gostei da premissa mas se eu for ler, vou procurar uma edição mais recente.

    Abraço,
    Larissa | Parágrafo Cult

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    1. Acho que eu nunca tinha encontrado tantos quanto nesse livro. Um ou outro não me incomoda, mas aqui estava demais. Acho que é sim, mas não tenho certeza. Espero que você encontre! Talvez e-book seja mais fácil.
      Abraço;

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  6. É ruim quando não conseguimos nos conectar com os personagens... mas a narrativa parece interessante.

    www.vivendosentimentos.com.br

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    1. Sim, a gente não fica tão próximo deles durante a leitura, mas ainda assim é possível aproveitar bastante.

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