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outubro 09, 2015

[Resenha] A Charada do Sol e da Chuva

Pensem em um livro fofo e ao mesmo tempo com um bom mistério. Essa é uma daquelas histórias escritas para crianças, mas com potencial para encantar também adultos em busca de uma leitura interessante, porém simples. 
 
Sinopse: O destino de Rita, Milena, Caca e Pedro era Paraty, uma cidade encantadora, cheia de muitos mistérios. Mas nem de leve o grupo podia imaginar a incrível aventura que os esperava por lá. Um simpático fantasma, uma intrigante charada e um tesouro perdido do vão deixar a turma alucinada.

maio 15, 2015

[Resenha] O Mistério da Casa Verde

Tendo o conto O Alienista, de Machado de Assis, como pano de fundo, esse livro narra a aventura de 4 amigos em um manicômio abandonado, a Casa Verde.
Sinopse: Na falta de outro lugar, Arturzinho resolveu criar um clube para sua turma num antigo casarão abandonado, que é lendário na pequena cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Ali, na chamada Casa Verde, cerca de dois séculos antes, havia funcionado um asilo para doentes mentais, cuja história inspirou o escritor Machado de Assis a escrever um de seus contos mais célebres: O alienista. Reunindo sua turma — Pedro Bola, André Catavento e Leo —, o rapaz organiza uma expedição à Casa Verde, para dar início ao projeto. Mas os quatro vão ter que abrir uma entrada na parede dos fundos da casa, já que as portas e janelas originais foram emparedadas há muitos anos. No interior sombrio do casarão, uma primeira surpresa: o ambiente está completamente limpo, não se encontra nem um sinal de sujeira, que deveria ter se acumulado ali com o passar dos anos. Porém, outra surpresa maior espera os rapazes atrás de uma porta fechada, onde um letreiro exibe a palavra "Director". Um enigma que, para ser decifrado, levará Arturzinho, André, Pedro e Leo a tomar contato com o próprio conto de Machado de Assis.
Esse é um livro infanto-juvenil e o que me fez querer ler é o fato de eu gostar do conto O Alienista. Achei interessante a ideia de colocar o grupo de amigos para conhecer a história do conto e viver uma verdadeira aventura.

agosto 15, 2012

[Resenha] O Nariz e Outras Crônicas

Corrigindo uma grande injustiça que eu fiz no último post (aqui) quando falei dos autores nacionais que eu gosto e esqueci-me de citar dois que são fenomenais em minha opinião. Bom, o primeiro é Monteiro Lobato. O problema é que nunca li nada dele *shame on me*, mas conheço o Sítio do Pica-Pau Amarelo e só por aí dá para ver o talento dele. A criatividade em criar uma história que tem ultrapassado gerações. Prometo que um dia lerei uma (ou várias) obras dele.

O outro é um do qual li pouca coisa, mas adoro seus textos. Trata-se de ninguém mais, ninguém menos do que Luis Fernando Veríssimo. É dele o livro da resenha de hoje.

Esse livro não é muito novo, mas tenho certeza que é possível encontrar uma cópia para vender em algum lugar (para quem se interessar), mesmo que seja pela internet.

É um livro de crônicas, são 30 no total. Mas todas bem pequenas tendo apenas uma ou duas páginas em média. É um livro rápido de ler e muito engraçado. Não tem como falar de todas as crônicas aqui no post, então escolhi algumas que eu mais gosto (mesmo assim ainda vai ser difícil escolher).

No prefácio do livro, Luis Fernando Veríssimo escreve um pequeno texto chamado: Crônica e Ovo. Nele, Veríssimo discorre sobre a classificação de um texto como crônica, conto, etc. e o compara ao eterno discurso sobre quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha, concluindo que para nós consumidores isso pouco interessa. Que deixemos as classificações com os estudiosos e saboreemos os textos e o ovo!

Algumas crônicas:

Peça infantil:
Tudo que pode acontecer na organização de uma peça a ser apresentada por crianças está nessa crônica. Dá pena da professora enquanto acompanhamos as situações por quais ela tem que passar mantendo sempre a calma.

Ela:
Um homem conta a trajetória do desastre que foi a chegada de uma televisão em sua casa e as consequências para a sua vida. Sempre de forma bem humorada Veríssimo conta como a televisão chegou discretamente até se tornar o centro da vida das pessoas.

Incidente na casa do ferreiro:
De longe minha crônica preferida. Meio sem pé nem cabeça, Veríssimo construiu o texto usando os personagens de ditos populares. Recomendo muito essa crônica.

O homem que vivia de anedotas:
Todo mundo conhece alguma piada do tal do Juquinha, mas o que ele próprio pensa sobre a sua vida ser uma piada? Essa crônica é uma conversa dele com São Pedro contando toda sua triste trajetória, muito cômica para os demais.

O estranho procedimento de dona Dolores:
Dona Dolores surtou! Tudo para ela agora parece um comercial de televisão. Ela não consegue apenas usar um produto. Ela tem que falar de suas qualidades, e isso deixa a família um tanto assustada.

O povo:
Sabe quando vamos criticar alguma coisa no país e dizemos que a culpa é do povo? Essa crônica fala exclusivamente do povo, e seus problemas. Exclusivamente mesmo, como se o povo fosse um grupo da população no qual nenhum de nós está incluído e que tem culpa por tudo de errado que acontece e acaba nos afetando.

Critério:
[sic] Os náufragos de um transatlântico, dentro de um barco salva-vidas perdido em alto mar, é assim que começa essa crônica, discutem entre si quem deveria ser sacrificado para matar a fome dos demais.

Vida em Manchetes:
Dois amigos discutem sobre as manchetes trágicas e um deles tenta a todo custo encontrar uma saída para escapar da morte e das manchetes.

O Nariz:
Crônica que dá título à obra e conta a história de um dentista respeitado que resolve usar um nariz postiço de borracha com óculos de aros pretos sem lentes, sobrancelhas e bigodes. A crônica traz uma reflexão que a princípio pode parecer sem sentido, mas todos mudam o comportamento em relação ao homem porque ele agora usa nariz postiço. Continua o mesmo homem, o mesmo bom profissional, veste as mesmas roupas, mas agora tudo que as pessoas veem é apenas o nariz. Acho que essa crônica nos faz pensar em como a sociedade nos vê e se resolvemos ser diferentes, temos que arcar com as consequências.

Corrente de Santo Eurípedes:
Sabe aquele monte de corrente chata que existe pela internet e que se você repassar para todos os seus amigos algo maravilhoso acontecerá com você e caso você não repasse... Bom, essa crônica fala da corrente de Santo Eurípedes no tempo em que essas correntes vinham pelo correio. É divertido ler sobre a tal corrente e no final você pode passá-la à frente, ou não.

***
Essas são apenas algumas das crônicas desse livro, mas já deu para perceber ter um gostinho do que o aguarda na leitura, né?

O Nariz e Outras Crônicas faz parte da coleção Para Gostar de Ler sendo esse o volume 14. A coleção é formada por livros com antologias de contos, crônicas e poesias. Não li nenhuma outra obra dessa coleção, mas se forem todas como esse livro, com certeza valem à pena!

Bom, é isso. Justiça foi feita!

Título: O Nariz e outras Crônicas
Autor: Luis Fernando Veríssimo
Edição: 4ª
Editora: Ática
Ano: 1996
Páginas: 94

Link do livro no Skoob: O Nariz e Outras Crônicas