Se tem uma coisa que ativa as nossas memórias é a comida, não é
verdade? E não só isso. Além da nutrição, alguns alimentos são
capazes de oferecer um conforto semelhante a um abraço carinhoso (o
problema é que geralmente não são as mais saudáveis que fazem
isso 😅). Esse
grupo de alimentos recebe inclusive o nome de: comfort food,
mas não é exatamente o assunto da postagem de hoje.
Já
falei aqui no blog sobre meus lanches favoritos
e vez ou outra gosto de mencionar o sorvete, que também amo, mas a
proposta da postagem de hoje vai além de ser um alimento que eu
gosto. Eu trouxe uma lista daquelas comidas que despertam lembranças
da minha infância. Com a mudança do nosso paladar, e a reformulação
de alguns industrializados, talvez alguns sabores sejam para sempre
só memória mesmo.
Venham
comigo nessa viagem no tempo!
Torta
de pão: a primeira da lista é uma receita caseira que estava
presente em todas as comemorações da minha família e acho que na
maioria das festas que eu frequentava. Não tem receita fixa e os
únicos ingredientes que não podem faltar são o pão de forma e a
maionese. Para mim se puder incluir aquela cobertura feita com fios
de ovos fica ainda melhor. Foi assim que eu aprendi, desde criança,
a apreciar o sabor agridoce.
Chocolápis
Pan: nem sempre foram em formato de lápis, mas sempre esses
tubinhos fininhos que faziam minha alegria. Sendo alérgica a
chocolate, sempre que ganhava um era algo com pouca quantidade. Tenho
visto nas lojas que ele ainda existe, mas duvido que tenha mantido o
sabor. Preciso inclusive experimentar um para saber.
Canudinho
de doce de leite: mais uma presença garantida nas festas dos nos
80 e 90. Sempre gostei do tradicional com doce de leite, mas já vi
outros tipos de recheio, alguns até salgados, mas ainda não
experimentei.
Quik:
como o chocolate era proibido para mim, o Quik de morango veio
realmente para alegrar meu leite 😊 e fugir do tradicional café que eu costumava beber. Já
vi que ainda existe o produto no mercado, mas com outro nome e um
preço nada atrativo. Acredito que o sabor também tenha mudado e por
isso ainda não experimentei.
Cajuzinho:
como festas eram eventos esporádicos, eu tinha permissão para comer
um ou outro docinho feito de chocolate sem maiores problemas
(inclusive foi recomendação do pediatra para dessensibilizar meu
sistema imune), e eu dividia minha atenção entre o brigadeiro e
o cajuzinho. O segundo continua sendo meu preferido até hoje, mas já
percebi que meu sistema imune dramático não gosta muito de
amendoim. 🙃
Dipnlik:
esse ficou no passado mesmo. Não sei se ainda vende e não sei se eu
arriscaria a experimentar. Não me parece tão apetitoso quanto era.
Torta
de liquidificador: mais uma iguaria sem receita fixa. Além da
mistura de ovos, leite e farinha, o recheio podia ser de frango,
atum, legumes ou o que mais a criatividade sugerisse. Aqui em casa
costumava ser uma forma de aproveitar algumas sobras que estavam na
geladeira.
Balas
Fizz: uma bala com vários sabores disponíveis que vinha com um
pozinho branco que ao tocar a língua causava uma efervescência.
Confesso que por curiosidade eu experimentaria, mas não sou mais tão
fã assim de balas.
Barquete
de ovo de codorna: na busca por imagens descobri outros nomes para essa
iguaria de festas que eu ainda amo muito, mas eu conheci com esse
nome que citei. Achava um luxo aquela casquinha salgada, o molho
rosé, um ovo de codorna com um pedacinho de cereja em calda sobre
ele. Mais uma vez o sabor agridoce se mostrando como um dos meus
preferidos.
Minichicletes
Adams: ainda lembro do sabor desse chiclete. Era o mais simples
da época, mas, ao mesmo tempo, muito bom. Lembro de sentir um cheiro
adocicado muito suave nele e de sempre mascar mais de um ao mesmo
tempo.
Algum #80tista ou #90tista por aí? Foi uma postagem de nostalgia para vocês ou tem alguma comida dessa lista que vocês nunca experimentaram? Posso garantir que aquelas feitas em casa continuam muito agradáveis ao paladar! Já em relação aos produtos industrializados, só saudade do que foi um dia… 🙄
Oi, Helaina. Sabe, às vezes me pego lembrando dos tempos em que eu era apenas um garoto — um adolescente meio perdido, começando a entender que a vida é feita de extremos: prazeres doces e horrores amargos. Nessa época, minha mãe reinava na cozinha. Era bolo de fubá saindo do forno, pudim de pão gelando na geladeira, torta salgada de liquidificador e um pão de cenoura que deixava a casa inteira com cheiro de carinho. Sem contar os brigadeiros, os docinhos de festa, e todas aquelas tentações açucaradas que brotavam como mágica das mãos dela. Engraçado é que nunca fui muito chegado em doce. Meu paladar sempre foi amigo do sal, do tempero forte, do gosto mais terreno das coisas. E assim sigo, fiel ao salgado como quem se agarra a uma velha promessa. O que não entendo até hoje é como, comendo tanto, consegui ser magro naquela época. Adolescente devorando o mundo pela boca e ainda assim com o corpo leve, como se os excessos não me tocassem. Hoje, aos 44, basta um prato a mais e já sinto a barriga acusando — sutil, mas firme — que o tempo passou.
ResponderExcluirSinto falta das mãos da minha mãe cozinhando. Ela agora mora longe, e aquela mesa farta, simples e cheia de amor virou lembrança. Uma lembrança viva, diga-se. Essas coisas ficam. Grudam na gente como cheiro de infância em roupa de domingo. Memória, essa traidora fiel, nos acompanha até o fim. Talvez até além. Só espero, de verdade, que quando minha hora chegar, eu não tenha que carregar todas essas lembranças comigo. Já estou cheio delas. E olha que, mesmo rindo, às vezes pesa. Abraço!
Oi Luciano, que bom que a postagem conseguiu ter inspirar essas lembranças agradáveis. Acredito que a comida tenha mesmo esse efeito. Abraço!
ExcluirBoas lembranças gastronômicas...rs
ResponderExcluirEu gosto ainda hoje de cajuzinho. Lembro de um pavê que minha mãe fazia que era simplesmente viciante. E uma coisa que toca muito minha memória lá da infância é mingau de aveia.
A comida, principalmente a caseira, tem esse poder mesmo. Fico feliz que tenha gostado do texto.
Excluirótimo aspeto!
ResponderExcluirQue bom que gostou!
ExcluirOi Helaina! Esse docinhos me deixaram com saudades da infância, mas o que me deixou com água na boca foi a torta de liquidificador. Fazíamos muito aqui em casa e eu amava. Bjos!!
ResponderExcluirMoonlight Books
@moonlightbooks
Oi Cida! Aqui também ela era bem frequente, ainda mais quando havia sobras do almoço. Hoje quem tem feito essa torta é uma tia minha e geralmente no Natal. Beijos!!
ExcluirOi Helaina, tudo bem?
ResponderExcluirEu amo comer e relaciono muito a essas memórias afetivas também. ♥
Dos canudinhos, eu tenho mais memórias relacionadas a canudinho de salada de maionese e também canudinho de carne. Fiquei com água na boca só de lembrar!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi Priih, tudo bem e você?
ExcluirEngraçado que eu nunca experimentei ele salgado, só sei que existe porque já vi na internet. Deve ser algo que muda dependendo da região onde é feito. Confesso que eu também enquanto escrevia essa postagem.
Beijos;
Que post que deu nostalgia e água na boca. Realmente tem comidas que nos dão um abraço quentinho de tão fofas, criativas e gostosas elas são.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Fiquei feliz que tenha gostado!
ExcluirBoa semana para você também!
Wonderful post. Very informative. Warm greetings from Montreal, Canada ❤️ 🇨🇦
ResponderExcluirI'm glad you enjoyed the post. Thank you so much for visiting!
ExcluirOi!
ResponderExcluirEssa torta de liquidificador é hit até hoje aqui em casa, o cheiro dela é nostálgico para mim! Esse canudinho de doce de leite tinha em um mercadinho de bairro na cidade que eu morava antes, achei guerreiro haha
Beijão
https://deiumjeito.blogspot.com/
Oi! Muito boa, né?! Ah, um clássico será sempre um clássico!
ExcluirBeijos;
Agora quem ficou com vontade de lanchar fui eu!
ResponderExcluirBjxxx,
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Escrever essa postagem também me deixou assim!
ExcluirBeijos;