[Li até a página 100 e...] #25

Não que eu tenha desistido do projeto de ler todos os livros que estão esperando há anos na estante, mas agora que aparentemente recuperei meu hábito de leitura, estou me sentindo mais livre para escolher o próximo já ciente que em torno de duas semanas termino a leitura. Manter a constância não tem preço e a chave para isso foi descobrir o horário que mais funcionava para mim. Imaginei que o melhor seria à noite, mas eu acabava dormindo ou passando a madrugada acordada (nada saudável). Para criar o hábito, precisava ler todo dia e o tempinho de descanso depois do almoço serviu como uma luva.  Já são mais de 50 dias ininterruptos.

Eu estou lendo: A árvore dos desejos (Ver no Skoob)

Primeira frase da página 100:

"— Para ser justa, todos os cachorros são babões — observou Bongô."

Do que se trata o livro?

Red é um carvalho centenário que já viu de tudo um pouco em seus muitos anos de vida. Também é a árvore dos desejos do bairro, e todo ano, no dia 1° de maio, as pessoas amarram em seus galhos fitas ou tiras de tecido com os mais diversos pedidos, sonhos e anseios. Não é da natureza das árvores se intrometer na vida dos humanos, por isso, Red sempre ouve tudo com muita atenção, em silêncio. Mas então, numa noite fria, o pedido sussurrado da solitária Samar faz Red perceber que talvez tenha chegado a hora de sua voz ser finalmente ouvida.

O que está achando até agora? 

Está sendo uma história muito gostosa de ler. Como mencionei ao escrever a postagem 'Novos na estante', é um livro que eu imagino sendo lido naqueles grupos de contadores de história para crianças, o que não impede um adulto de ler. A simplicidade com que a narrativa está sendo desenvolvida, pelo ponto de vista da árvore, é encantadora e cativante e talvez por isso a leitura esteja fluindo tão rápido.

O que está achando dos protagonistas?  

Red é uma árvore quase bicentenária de bom coração e boas intenções e Bongô, um corvo fêmea tão amável quanto agitada. Acredito que o tempo de existência da árvore e a quantidade de eventos que ela já presenciou seja um dos fatores que mais influenciam sua personalidade mais calma. Sim, a maior parte dos protagonistas são plantas e animais e apesar de conversarem entre si, eu não diria que são humanizados, já que preservam suas características animalescas. Já os humanos, quase todos secundários, a pequena Samar é quem mais aparece e apesar de ser um amor de pessoa, por ser imigrante (não tenho certeza se é refugiada) sofre com os ataques xenofóbicos e com a solidão já que as pessoas preferem manter distância dela e da família.

Melhor frase até agora: 

“É uma tremenda dádiva amar ser quem você é.” Pág.49

Vai continuar lendo? 

Com certeza! Quero muito saber se Samar terá seu desejo realizado, o que não está sendo fácil para Red, pois além de estar com dificuldade de fazer seus planos darem certo, corre grande perigo por conta dos desejos pendurados em seus galhos que aumentam ano após ano e tem incomodado a vizinhança. Também quero ver como a autora vai encerrar o assunto principal para saber se irei guardar o livro como uma recomendação para quem quiser conversar sobre xenofobia com crianças.

Última frase da página: 

"— Eu também estou preocupada — disse ela, em um quase sussurro."

Vocês já leram esse livro? O que acharam?

Quem ainda não leu, ficou com vontade de ler?