Até a sexta série eu precisei me adaptar para gostar do que meus colegas de escola gostavam se quisesse ter amigos e não ser alvo de chacota. Algumas coisas eu gostava de verdade, outras eu só fingia para não ficar sozinha nem parecer estranha, mas 1996 foi um ano de mudanças na minha vida quando um grupo de nerds entrou para a escola e me acolheu enquanto foi rejeitado pela maioria. Percebi então que não havia problema em ser diferente, só não queria estar sozinha.
Além da série Arquivo X, esse grupo me apresentou o anime do famoso mangá de Yoshihiro Togashi, publicado originalmente pela Weekly Shonen Jump na década de 1990. Yu Yu Hakusho era meu compromisso de todas as tardes na extinta TV Manchete.
1. Primeira motivação: confesso que relutei em assistir à série porque esse foi o primeiro anime que eu assisti na vida, o primeiro mangá que eu li e estava com medo do efeito que pessoas, em invés de desenhos, poderiam causar à minha memória. Depois de um bom tempo com ele na minha lista da Netflix pensando se assistiria ou não, percebi que o máximo que poderia acontecer era eu não gostar. Acho que me deixei influenciar pela turma do “estragou minha infância”. 🤡 Felizmente já me sinto recuperada desse deslize.