[Sessão Pipoca] Sr. Sherlock Holmes

De uma hora para a outra apareceu nas sugestões do catálogo Netflix esse filme protagonizado por Sherlock Holmes. Agora sei que muita coisa entra para a plataforma, e talvez saia, se que fiquemos sabendo, pois se tem um termo que está na minha busca desde que assinei pela primeira vez é: Sherlock Holmes. Já tinha visto comentários sobre esse longa na internet e corri pra assistir, antes que sumisse da mesma maneira que apareceu.

Sinopse: 1947. O famoso detetive Sherlock Holmes (Ian McKellen) está com 93 anos, aposentado, vivendo em uma casa remota no litoral com sua governanta Mrs. Munro (Laura Linney) e o filho dela, o pequeno Roger (Milo Parker). Lidando com a deterioração da sua mente por causa da idade, ele continua obcecado com um caso que nunca conseguiu decifrar. Sem a companhia do seu fiel escudeiro Dr. Watson, Sherlock tentar desvendar este último mistério. [Fonte: Filmow]

Gosto muito de acompanhar aventuras de detetive, sendo Sherlock um dos meus favoritos, e ver os efeitos da senilidade em sua mente genial foi tanto comovente quanto humano. Sua personalidade avessa aos sentimentos, que segundo ele atrapalham o raciocínio, continua presente, no entanto, a amada lógica já não é mais sua companheira, pois a memória capaz de reter fatos para serem analisados, já não é mais a mesma.

Mesmo com a idade avançada, quase beirando um século de vida, o Sr. Holmes ainda mantém a vitalidade física e apesar de ter os movimentos mais lentos, consegue ser bastante independente. Para as tarefas da casa ele conta com a governanta, Mrs. Munro, e tem a companhia de seu filho Roger, um menino curioso e fascinado pela mente do detetive. Ele é a força que motiva o velho, meio ranzinza (sim gente, eu sei que eu passo muito pano pro Sherlock. 😅 Aprendi com o Watson), no desafio não só de resolver seu último caso em aberto, mas se lembrar do que aconteceu.

O ancião Sherlock Holmes vive em uma casa isolada perto do mar onde cuida de algumas colmeias de abelhas. Um refúgio onde ele se abrigou quando a responsabilidade de ser um famoso detetive assertivo se tornou muito pesada para seus ombros. A fim de resolver esse último caso que o perturba, Sherlock decide colocar a história no papel, como fazia seu amigo Dr. Watson, ausente nesse filme, e a ajuda de Roger é de suma importância para desembaralhar a mente do gênio.

O que mais senti assistindo a esse filme foi empatia pelo detetive aposentado. Impossível não se sensibilizar com o sofrimento dele tanto por estar perdendo sua maior habilidade, aquilo que o fez se sentir menos solitário durante toda a vida, quanto por experimentar a intensidade se seus sentimentos. O fato de toda versão de Sherlock parecer ignorar a relevância das emoções humanas, não significa que eles não sejam afetados por elas. Esse filme me pareceu uma bonita homenagem ao detetive. 🥹

Esse é aquele parágrafo que eu digo se gostei do filme? 😄 Acho dispensável dizer que eu amei, né? Já assisti duas vezes e se a Netflix não tirar do catálogo assistirei de novo! Achei o filme é bom, com final perfeito e bem fechado. A única coisa que eu não gostei foi a ausência do Watson, que Sherlock menciona desde o início, havia se casado e mudado. Ele é até mencionado nos créditos, mas tem pouquíssimo tempo de tela apenas para demonstrar quão afetado ficou o detetive com o caso não solucionado e mal aparece.

Título: Mr. Holmes
Direção: Bill Condon
Gênero: Drama, mistério
Classificação: 10 anos
Duração: 104
País: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Lançamento: 13 de janeiro de 2016 (Brasil)
Trailer: Mr. Holmes | Legendado (Youtube)

Segundo Sherlock, o chapéu e o cachimbo foram invenção do Watson. 👀

Recomendo muito esse filme tanto pra quem é fã do detetive, quanto para quem não é. Quem gosta de uma história com mistério, momentos de aflição e de conforto deve assistir! Sr. Sherlock Holmes tem aquele estilo de Sessão da Tarde que continua na nossa memória mesmo anos depois de ter assistido, enquanto a senilidade permitir.