novembro 20, 2025

[Resenha] O Retorno de Sherlock Holmes

E quem achou que a queda nas cataratas Reichenbach na Suíça havia sido o fim de Sherlock Holmes, achou errado! Ele está de volta, mas para saber como isso aconteceu e conhecer os outros mistérios que o detetive desvendou depois de seu surpreendente retorno, vem conhecer os contos reunidos nesse livro!

Ah! Caro Watson, aí entramos naquele território da conjectura no qual a mente mais lógica está sujeita a falhar. Cada um pode formular sua própria hipótese sobre os presentes acontecimentos, e a sua tem tanta probabilidade de estar correta quanto a minha.” Pág.41

Sinopse: O lendário detetive de Conan Doyle retorna em sua aventura mais eletrizante, e o texto vem acompanhado de uma introdução escrita por Mark Gatiss, o co-criador da série Sherlock. Depois de seu mergulho mortal nas quedas de Reichenbach, parece que Sherlock Holmes está perdido para sempre. Mas, tão misteriosamente quanto se foi, ele volta três anos mais tarde. Agora, novamente ao lado de Watson, uma série de novas e empolgantes aventuras pelo submundo de Londres o espera, incrementada por tipos como combativos ladrões, sequestradores e assassinos. No entanto, Holmes está prestes a conhecer seu maior e mais desprezível inimigo: o covarde Charles Augustus Milverton. (Fonte: Skoob)

Essa foi mais uma releitura, pois já li todas as histórias do detetive pelo box lançado pela editora Harper Collins Brasil, mas sendo muito fã da série Sherlock da BBC, não pude deixar de comprar os livros com os atores Benedict Cumberbatch e Martin Freeman na capa que consegui encontrar. Infelizmente não é uma busca fácil, mas encontrei a maioria.

Um dos meus contos preferidos desse livro é exatamente o que narra o retorno de Sherlock após sua suposta morte as cataratas Reichenbach. A reação de Watson, primeiro não identificando o amigo disfarçado, e depois seu choque ao revê-lo, é tão engraçado quanto emocionante.

Suponho que você há de admitir que a ação é moralmente aceitável, ainda que tecnicamente criminosa.” Pág.248

Mais uma vez me senti acomodada sobre o tapete da sala no apartamento 221B na rua Baker Street ouvindo Dr. Watson narrar suas aventuras com Sherlock Holmes. É como estar em casa. Vou falar um pouco sobre cada conto.

A casa vazia: Logo no começo temos a história onde ficamos sabendo como o detetive sobreviveu a queda que todos acreditaram ter sido fatal. Watson narra a peripécia com os detalhes e a emoção que só ele sabe dar às histórias.

O construtor de Norwood: Um homem acusado de assassinato se declara inocente e pede a ajuda do detetive para provar sua inocência. Nesse caso eu me orgulho de ter conseguido acompanhar a mente de Sherlock e conseguido ver, junto com ele, detalhes que Lestrade ignorou. Acho que trabalharíamos bem juntos. E eu adoraria passar as horas de folga com o Dr. Watson.

Os homenzinhos dançantes: Um homem pede ajuda a Sherlock para decifrar o significado de desenhos de homenzinhos que o estão intrigando e perturbando sua esposa dele. É um dos contos que me deixa mais perdida até hoje. Não consegui desvendar nada na primeira leitura e agora, nessa releitura, não lembrei nenhum detalhe. Depois que o Sherlock revela o caso fica fácil mas até lá…

O Ciclista solitário: Uma mulher pede ajuda ao detetive pra descobrir a identidade de um ciclista que a segue constantemente, mas nunca permite sua aproximação. Apesar da pessoa não a atacar, o evento a está deixando preocupada. Foi mais uma história que eu me lembrei a medida que lia, mas só descobri o final quando cheguei a ele.

A escola do priorado: O diretor da escola aparece para pedir ajuda a Sherlock Holmes para descobrir o paradeiro de um estudante, filho de um duque, da maneira mais discreta possível. Nessa história temos Sherlock fingindo estar machucado e Watson acreditando. Ele nunca aprende. 😅 Em poucas palavras, é como se eu nunca tivesse lido esse conto antes. Como pode? Tudo o que eu lembrava é que havia uma hospedaria… 😂 Já vi que vou precisar fazer anotações se quiser memorizar os contos.

Black Peter: Stanley Hopkins, jovem inspetor da polícia, vem pedir a ajuda do detetive em um caso de assassinato que ele não consegue solucionar apesar de já ter analisado todas as evidências disponíveis. Okay, eu lembrava de algumas coisas desse conto, mas nada sobre a solução.

Charles Augustus Milverton: Desse conto eu me lembrava perfeitamente, mas tem justificativa. É impossível ignorar a atitude de Sherlock e Watson sendo cúmplices de um crime, mas acobertando o caso porque a vítima havia cometido seus próprios crimes. Fazer justiça com as próprias mãos é um caminho que se normalizado acabará em injustiça e barbárie. Até hoje me pego pensando na atitude dos dois e no fato de aceitar a atitude da dupla sem deixar de gostar deles me faz refletir sobre o que eu acredito em relação ao certo e errado. Acho que a conclusão é que ninguém é perfeito. Nem mesmo Sherlock Holmes.

Os seis Napoleões: Gosto da maneira como esse conto foi usado na série Sherlock. Também não lembrava da solução, mas a história é parecida com a do episódio. Como na série, os bustos estão sendo pegos e quebrados, mas a trama aqui é diferente e não envolve a esposa de Watson como aconteceu na série.

Os três estudantes: Três estudantes estão para fazer uma prova importante para conseguir uma bolsa de estudos e o gabarito foi vazado. O orientador pede ajuda a Sherlock para descobrir quem teve acesso aos papéis para não precisar cancelar o exame, o que prejudicaria os estudantes inocentes. Lembrava do conto, mas não do desfecho. Amo minha memória seletiva… 😅

O pince-nez dourado: O inspetor de polícia, Hopkins, está investigando um assassinato e não consegue encontrar um motivo pelo que aconteceu e por isso não consegue encontrar a solução. Ele conta com a ajuda de Sherlock para desvendar o mistério e eu gosto a maneira como o detetive solucionou o caso usando a ciência e analisando evidências em um plano que ele arquitetou. É engraçado lembrar da história, mas não do final. Li esse conto todinho ciente de quase tudo o que estava acontecendo, menos do desfecho.

O três-quartos desaparecido: O técnico da equipe de rúgbi da Universidade de Cambridge pede ajuda ao detetive para encontrar seu melhor jogador, que parece ter decidido ir embora após o chamado de um desconhecido. A medida que avancei na leitura, comecei a me lembrar mais do caso, ainda sem memória do desfecho, mas sabendo que li e lembrando alguns detalhes.

Abbey Grange: O inspetor Hopkins mais uma vez pede auxílio a Sherlock para desvendar um assassinato cuja solução não é tão simples quanto parece, pois nem todas as testemunhas estão sendo sinceras. Mais um crime que Sherlock e Watson fazem as vezes de juri e juiz e deixam o culpado escapar. Eu não acredito que teria opinião diferente da deles aqui depois de todos os fatos apresentados.

A segunda mancha: O primeiro-ministro pede ajuda a Sherlock para encontrar um documento que se cair em mãos erradas pode causar uma crise diplomática. É uma trama interessante cheia de segredos onde Sherlock usa sua habilidade para além de investigar, proteger os envolvidos. Mais uma solução genial com base nas evidências da cena de um crime. Nunca deixarei de gostar das histórias de Sherlock Holmes.

Terminei de ler esse livro com vontade de ler de novo. Me sinto tão bem em companhia do detetive e seu melhor amigo que poderia morar dentro das histórias. Para quem não é tão fã quanto eu, um livro de contos como esse é uma boa opção para conhecer a escrita de Conan Doyle. Não é necessário nenhum conhecimento prévio da dupla e os 13 contos escritos aqui são independentes um do outro e estão finalizados.

Três anos certamente não suavizaram as asperezas do temperamento do meu amigo, nem sua impaciência com uma inteligência menos ativa que a sua.” Pág.29

Espero um dia conseguir lembrar pelo menos sobre o que trata cada conto de Sherlock Holmes sem precisar ler tudo de novo (são 56 contos). Já sou assim com quase todos os romances, mas os contos são um desafio à parte. Acho que na próxima releitura vou fazer um pequeno resumo de cada um.

Título original: Sherlock: The return of Sherlock Holmes
Autor: Sir Arthur Conan Doyle
Tradução: Michele de Aguiar Vartuli
Páginas: 472
Editora: Companhia Editora Nacional
Ano: 2015
Link do livro no Skoob: O Retorno de Sherlock Holmes

Não tenho mais dúvidas de que encontrei meus personagens favoritos da vida. Sherlock Holmes e John Watson sempre terão um lugar especial no meu coração e por às vezes me comportar de maneira tão irritante quanto o detetive é que sonho em encontrar um Watson para chamar de amigo. 😎

Para ler mais postagens sobre os livros escritos por Doyle e também sobre os atores que interpretam a dupla no seriado da BBC, acessem:

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