outubro 16, 2025

[Sessão Pipoca] Sherlock Holmes

O detetive londrino é um personagem lendário que algumas pessoas inclusive acreditam ter existido (não existiu não, viu gente? No máximo pessoas do convívio do autor serviram de inspiração). Por conta disso são muitas as adaptações e reimaginações das obras originais publicadas por Arthur Conan Doyle entre os anos de 1887 a 1927 e, apesar de ter conhecido Sherlock Holmes exatamente a partir de um desses trabalhos e não o original do autor, eu tenho certa resistência na hora de me aventurar em novas adaptações.

Esse filme, no entanto, foi uma ótima surpresa e além de ter aproveitado o embalo para assistir a sequência (ambos estão disponíveis na Netflix), já revi esse primeiro só para conferir os detalhes que deixei passar. Muitos deles foram a inspiração para escrever essa resenha, então vamos ao que interessa!

The game is afoot!

Sinopse: Final do século XIX. Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) é um detetive conhecido por usar a lógica dedutiva e o método científico para decifrar os casos nos quais trabalha. O dr. John Watson (Jude Law) é seu fiel parceiro, que sempre o acompanhou em suas aventuras. Porém esta situação está prestes a mudar, já que Watson pretende se casar com Mary Morstan (Kelly Reilly). Isto não agrada Holmes, que não deseja o afastamento do colega. O último caso da dupla envolve Lorde Blackwood (Mark Strong), por eles presos ao realizar um ritual macabro que previa o assassinato de uma jovem. Blackwood já havia matado quatro mulheres e tem fama junto a população de ser um poderoso feiticeiro. Ele é preso e depois condenado à forca, mas misteriosamente é visto deixando o túmulo onde seu caixão foi deixado. Holmes e Watson são chamados para solucionar o caso e logo ele se torna um grande desafio para o detetive, que não acredita em qualquer tipo de magia. Em meio às investigações há o retorno de Irene Adler (Rachel McAdams), uma ladra experiente por quem Holmes tem uma queda. [Fonte: AdoroCinema]

O filme começa com Sherlock Holmes indo atrás de um criminoso que está prestes a cometer mais um assassinato. Atrás dele, o detetive Lestrade segue apressado e doutor Watson também está a caminho. Esse chega para auxiliar o amigo e evitar o crime antes que a Scotland Yard apareça no local já deixando clara a dinâmica que a dupla interpretada por Downey Jr. e Jude Law terá durante a trama.

Seis meses se passam e nos é revelado que essa aventura havia sido a última da dupla, pois John Watson está prestes a se casar com Mary Morstan. O médico inclusive está de mudança e o humor de Sherlock a respeito do que está acontecendo não poderia ser pior. Apesar de não declarar abertamente, ele está aborrecido em perder seu companheiro de investigação e reluta inclusive em conhecer pessoalmente a moça. Watson resolve a questão praticamente intimando Sherlock a comparecer a um jantar com ele e a futura esposa, o que, graças às habilidades dedutivas do detetive consultor, não termina muito bem.

Porém, o caso em que eles haviam trabalhado não está encerrado e quando Irene Adler entra em cena pedindo ajuda a Sherlock, o detetive percebe que a condenação que haviam conseguido foi apenas um ponto de um mistério ainda maior que estava se desenrolando em Londres. Algo que flerta inclusive com o sobrenatural e desafia a mente lógica do detetive que não acredita nessas coisas.

Na qualidade de incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por John Watson 💘, eu preciso confessar que Jude Law fez bonito e se tornou meu segundo Watson favorito (o pódio mais alto do Martin Freeman ninguém tira). O cuidado dele com o Sherlock é o mesmo comum a todos os Watsons, mas ele é mais controlado, tem menos paciência para as infantilidades do detetive e é até um tanto rude o que gera situações muito engraçadas.

Já o Sherlock é um dos mais bobalhões que já vi, mas a inteligência é a mesma de sempre. Além de juntar os pontos do caso como ninguém mais, ele também abusa dos disfarces, algo que lembro ter visto muito nos livros. Há algumas cenas que só quando ele revelou o que fez, percebi ser o detetive disfarçado. Gostei de ser feita de trouxa por ele. Quanto ao lado emocional, apesar de não ser expresso em palavras, as atitudes falam muito mais alto a respeito do que Sherlock está sentindo. Tanto a birra por conta do casamento do Watson quanto a paixão não superada por Irene ficam evidentes em cena.

Um aspecto que me agradou muito nesse filme foi a representação das protagonistas femininas: Sra. Hudson (Geraldine James), Irene Adler e Mary Morstan. A primeira segue o padrão de ser quase a babá de Sherlock, inclusive há ironia sobre isso no filme, mas as duas seguintes ganharam um destaque que eu não esperava e gostei muito. Mary é mais contida, e não aparece muito, apenas o suficiente para mostrar que Watson encontrou uma companheira que não se deixa intimidar pela inteligência, rabugice ou arrogância de Sherlock e sempre o rebate à altura. No filme seguinte ela ganhou ainda mais destaque.

Já Irene, que na série da BBC tem uma representação mais sexual, aqui no filme eles optaram por uma parceira também bonita e desinibida, porém, com o foco maior na inteligência do que no erotismo. Acho que ficou mais fiel ao livro e inclusive quando o detetive a chama de ‘mulher’ em vez de usar seu nome, acredito ter sido uma referência a maneira como ele se refere a Irene no original. A dupla faz um jogo de gato e rato durante a trama, mas não enganam ninguém a respeito do interesse mútuo e a capacidade de trabalharem juntos.

Eu recomendo esse filme para quem está procurando uma aventura leve, com pitadas de humor e mistério. É uma trama interessante onde Sherlock Holmes tenta encontrar a explicação para eventos que desafiam a sua lógica enquanto lida com a ausência de seu fiel amigo, doutor Watson, a quem ele sempre encontra uma maneira de arrastar de volta para o mundo da investigação.

Título: Sherlock Holmes
Direção
: Guy Ritchie
Gênero: Ação, aventura, mistério, policial
Classificação: 14 anos
Duração: 128 minutos
País: Alemanha e EUA
Lançamento: 08 de janeiro de 2010
Trailer: Sherlock Holmes | Legendado (Youtube)

Cada vez mais me percebo fã de Sherlock Holmes, e tenho certo receio quanto ao impacto que uma caracterização possa me causar, mesmo sabendo que já deveria ter superado isso depois de assistir Holmes & Watson (2018), uma comédia escrachada com mistério também disponível na Netflix. Por conta disso, demoro para conhecer novas adaptações, mas se continuar sendo tão agradável, isso pode mudar. Espero de coração que Robert Downey Jr. e Jude Law retornem para as telas com mais uma aventura incorporando a dupla!

Vocês já assistiram a esse filme? Gostam das histórias de detetive?

Para conferir tudo o que eu já publiquei aqui no blog, acessem: Sherlock Holmes

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