agosto 21, 2025

[Li até a página cem e...] #29

Já mencionei aqui no blog sobre o fato de uma das edições do programa Linha Direta que mais me deu medo até hoje ter sido exatamente sobre a história desse incêndio. Eu ainda não era nascida quando aconteceu, mas não sei se pelo tamanho da tragédia e o fato de ter sido causada pelo fogo, me apavora pensar na possibilidade de uma visita a tal lugar, na mesma proporção que me atrai. Com essa sensação prévia de terror, finalmente comecei a leitura do livro.

Eu estou lendo: Vozes do Joelma - Marcos Debrito... [et al.] (Ver no Skoob)

Primeira frase da página 100:

"Lâmpadas e luminárias explodiam com o calor, soltando faíscas sobre os infelizes, que estavam prestes a partilhar um tormento inenarrável."

Do que se trata o livro?

Quatro autores, Marcos DeBrito, Rodrigo de Oliveira, Marcus Barcelos e Victor Bonini, se uniram para criar versões perturbadoras sobre as tragédias que ocorreram em um terreno amaldiçoado, e convidaram Tiago Toy para se juntar na tarefa de despir os homicídios, acidentes e assombrações que permeiam um dos principais desastres brasileiros: o incêndio do edifício Joelma. O trágico acontecimento deixou quase 200 mortos e mais de 300 feridos, além de ganhar as manchetes da época e selar o local com uma aura de maldição. Se as histórias são verdadeiras não se sabe... A única certeza é que a região onde ocorreu o incêndio tornou-se uma mina inesgotável de mistérios. E, neste livro, alguns deles estão expostos à loucura de autores que buscaram uma explicação.

O que está achando até agora?

Já li dois contos, além da introdução, e os autores capricharam na atmosfera de terror tanto quanto na função de plantar a semente da dúvida na hora de diferenciar fato de ficção. Por contar histórias inspiradas na realidade, eles brincam de maneira muito verossímil em suas narrativas e eu já estou pensando nas pesquisas que farei ao terminar a leitura para checar alguns detalhes.

O que está achando dos protagonistas?

Há um narrador no livro que faz comentários entre os contos sem revelar a própria identidade, e pela maneira como se expressa, não é humano. A primeira história trata do 'crime do poço', que aconteceu em 1948 a uma quadra do local onde seria construído o Edifício Joelma alguns anos mais tarde. Ao protagonista, aqui chamado de Pablo, são dadas motivações para o crime contra a mãe e as irmãs. Já a segunda história se passa em 1974, antes e durante o incêndio, e a protagonista, Samara, precisa enfrentar as consequências de seus atos que, na crença dela, desencadearam a tragédia.

Melhor frase até agora:

"O mal, por incrível que pareça, não é endógeno ao homem, mas sim desencadeado por suas fraquezas: ambição, inveja, ganância, que são plantadas pelos semelhantes." Pág.09

Vai continuar lendo?

Já estou triste porque li muito e o livro vai acabar logo! 😅 A leitura flui muito rápida e estou avançando sem dificuldade. Estou me divertindo muito com a forma como os autores estão sendo capazes de fazer parecer verdade cada fato em suas histórias o que deixa tudo muito perturbador e ainda somos presenteados com reviravoltas que nos faz sentir mal por ter torcido por algum personagem. Além disso, o toque sobrenatural, que não poderia faltar em uma história como essa, está sendo a cereja do bolo. 

Última frase da página:

"A alguns metros dali enfiaram-se na multidão que se acotovelava e que invadiu o elevador como uma avalanche humana quando as portas se abriram."
 
Vocês já leram esse livro? O que acharam?
Quem ainda não leu, ficou com vontade de ler?

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