Estou fazendo algo fora do padrão do blog que é trazer uma série para a sessão pipoca. Nessa coluna, prefiro falar sobre filmes e deixar seriados para outras postagens. Entretanto, The Good Place com seus episódios curtos, 22 min em médias, despertaram minha vontade de falar sobre uma série nessa coluna já que meu cérebro acabou enxergando as 4 temporadas como um filme muito grande repleto de plot twists.
Sinopse: Ao morrer, Eleanor é mandada ao Bom Lugar, onde as almas das pessoas com boas atitudes na vida vivem pela eternidade. Mas como a mesma foi uma péssima pessoa durante sua estadia na Terra, ela percebe que aquilo foi um erro. Para conquistar seu lugar antes que alguém descubra, ela conta com a ajuda de Chidi, um ex-professor de ética e sua “alma gêmea” designada no Bom Lugar, para se tornar uma pessoa melhor. [Fonte: Filmow]
A história começa com Eleanor Shellstrop (Kristen Bell) em uma sala de espera com uma mensagem escrita na parede dizendo que tudo está bem. Sem compreender o que está acontecendo, ela acompanha Michael (Ted Danson) até sua sala e ele revela sobre sua morte e diz que a mulher está no Bom Lugar. Eleanor fica confusa, mas tranquila aceitando o fato e aparentemente ansiosa para conhecer o local onde passará a eternidade.
Michael a leva para conhecer a casa preparada para ela e logo entra em cena Chidi Anagonye (William Jackson Harper), segundo Michael eles são almas gêmeas. Tudo parece ir bem, exceto por um detalhe. Eleanor acredita ter havido um engano, pois as informações em seu arquivo não conferem com os anos que passou na Terra.
Ao ficar a sós com Chidi e confidenciar a ele sobre o engano, Eleanor pede a ajuda dele para aprender como ser uma boa pessoa e talvez conseguir permissão de ficar no Bom Lugar. Chidi foi professor de ética e filosofia moral enquanto esteve vivo, e acaba aceitando a tarefa, sem saber quão difícil seria.
Segundo Michael, o Bom Lugar é dividido em bairros e, portanto, Eleanor tem vários vizinhos. Dois deles se destacam e também tem papel principal na trama: Jianyu Li (Manny Jacinto), um monge que fez voto de silêncio enquanto vivia e decidiu permanecer assim na pós vida e sua alma gêmea, Tahani Al-Jamil (Jameela Jamil), ativista social e filantropa com muitas conexões entre pessoas famosas e atos de caridade em seu histórico. Michael a encarrega de organizar festas e recepções no bairro, sua especialidade na Terra, segundo a própria.
Uma última personagem central nessa trama é Janet (D'Arcy Carden). Ela não é um robô, nem uma mulher, é apenas “um recipiente antropomorfizado de conhecimento feito para facilitar a sua vida”, palavras dela. A maioria das suas interações com os personagens rendem momentos cômicos. Ela e Michael formam uma dupla memorável.
O foco da série é explorar a pós vida e é a primeira vez que assisto algo do tipo que não tem a religião como guia, mas sim a filosofia e a ética. Logo na primeira cena Eleanor pergunta exatamente sobre céu e inferno, ao que Michael responde explicando que todas as religiões acertaram um pouco, mas nenhuma conseguiu definir com exatidão o que acontece. O que vemos daí por diante é o desenvolvimento de todos os personagens e da primeira à quarta temporada foi perfeito.
Minha identificação com a maioria dos protagonistas aconteceu por compartilhar um sentimento ou comportamento em comum, ou por conhecer alguém parecido. Tive aquela sensação de estar em um grupo de amigos, e isso me impactou tanto que ao terminar a série senti como estivesse me despedindo de amigos de longa data. Foi um sentimento que há muito tempo eu não experimentava.
"Eu quero que todos nós fiquemos juntos. Em casas separadas, obviamente." |
Sobre o final, vou falar bem pouco para não dar spoiler: foi tão perfeito e fechado que eu não senti vontade de escrever fanfics com um possível futuro para os personagens ou um final diferente, algo que acontece quando gosto muito de uma série, filme ou livro. Não é que eu não conseguiria, só não senti necessidade de acrescentar ou tirar nada da história.
Recomendo The Good Place para quem quer refletir sobre a vida sem aquela carga emocional pesada de filmes e séries dramáticas que tratam do tema. Aqui o tom é leve e cômico apesar do assunto sério. A lição que tirei é da importância que a rede de apoio representa na vida de cada ser humano (não que eu não soubesse disso), mas a série deixa explícito o quanto amigos e uma família estruturada fazem a diferença na hora de nos relacionarmos com os outros.
Já vi relatos na internet de pessoas que não conseguem assistir essa série no plano básico com anúncios da Netflix, pois eu tenho esse plano e já estou revendo a série sem qualquer problema. Talvez a plataforma tenha conseguido algum acordo para mantê-la disponível.
Por falar em Netflix, ainda estou na luta para conseguir uma lista de tudo o que eles têm no catálogo, e parece que eu não sou a única que reclama desse aspecto da plataforma. Entretanto, encontrei na navegação por idioma uma forma interessante de ter esse acesso. O problema agora é que tem muita coisa… 😅
Título: The Good Place
Direção: Drew Goddard e Michael Schur
Gênero: Comédia, fantasia, drama
Classificação: 12 anos
Duração: 22 min/episódio (média)
País: EUA
Lançamento: 19 de setembro de 2016
Trailer: The Good Place | Legendado (Youtube)
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